A CONCEPÇÃO MATERIALISTA DA HISTÓRIA: PRINCÍPIOS ONTOLÓGICOS E SEUS REFLEXOS NO FAZER HISTÓRICO
André Almeida Santos1
Maria Nalva Rodrigues de Araújo Bogo2
“Refletir sobre as formas da vida humana e analisa-las cientificamente é seguir rota oposta à do seu verdadeiro desenvolvimento histórico. Começa-se depois do fato consumado, quando estão concluídos os resultados do processo de desenvolvimento” (Marx)
RESUMO:
O presente artigo tem como objetivo fazer uma análise critica da formação do ser social e os reflexos no fazer histórico no contexto da sociedade capitalista, tendo como aporte a Concepção Materialista da História, destacando as possíveis possibilidades do ser social fazer a história e os principais determinantes. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica aclarada pela experiência da militância nos movimentos sociais e da utilidade da presente teoria para compreensão do mundo presente. As referencias que são o sustentáculo do presente artigo, encontram-se em Marx (2011), Lukács (2010), Barros (2011), Antunes (2009). Os resultados indicam que as obras de Marx e Engels continuam sendo fundamentais para compreender o tempo presente, contudo apenas as suas leituras não dão conta de apreender as possibilidades do fazer Histórico, ou seja, tendo a realidade e o ser como um “complexo de complexos”, pode-se afirmar que torna-se necessário avançar nas categorias marxistas para compreender a ontologia do ser social no tempo presente.
Palavras Chave: Materialismo-Histórico; ontologia; alienação; ideologia
INTRODUÇÃO: NOTAS INTRODUTÓRIAS SOBRE MATERIALISMO E SER SOCIAL
Os estudos sobre a ontologia do ser social sobre o prisma da concepção Materialista da História avançaram muito nos últimos tempos, autores como Barros (2011); Lukács (2010); Antunes (2009); Sérgio Lessa (2010); Netto (2011); Bogo (2010); Ciro Flamarion Cardoso (2002); Hobsbawn (2005) retomaram as categorias marxistas, dando a elas o itinerário de acordo com Marx e Engels. Tais