A cONCEPÇÃO mARXISTA
A analise sobre ideologia de Marx privilegia o pensamento dos pensadores alemães posteriores a Hegel. Isso é importante por dois motivos: por ele não separar a produção das idéias e as condições sociais e históricas nas quais são produzidas e também pelo fato de para se entender as criticas de Marx é necessário considerarmos o tipo de pensamento que ele examina.
Marx dirige duas criticas aos ideólogos alemães (Feuebach, F. Strauss, Max Stirner, Bruno Bauer entre os principais). A primeira é quanto à pretensão desses filósofos de demolir o sistema Hegeliano não o abarcando como um todo, mas apenas por meio de uma critica a sua filosofia. A segunda critica se refere ao fato de que um desses ideólogos tomarem um aspecto da realidade humana e converte-lo em realidade universal.
Marx concebe a história como um conhecimento dialético e materialista da realidade social.
A obra hegeliana pode ser caracterizada como:
1-Um trabalho filosófico para compreender a origem e o sentido da realidade como Cultura. A Cultura são as relações dos homens com a Natureza pelo desejo, pela imagem e pela linguagem. Para Hegel o Espírito é a Cultura.
2- Um trabalho filosófico que define o real pela Cultura e esta pelo movimento de exteriorização e de interiorização do Espírito. Isso é o Espírito se manifesta nas obras que produz, e ao se reconhecer produtor delas, compreende essas obras, pois sabe que elas são ele próprio.
3- um trabalho filosófico que revoluciona o conceito de história. Por não pensar a história como uma sucessão continua de fatos no tempo. Os acontecimentos não estão no tempo, eles são o tempo. Também por não pensar a história como uma sucessão de causas e de efeitos, mas como processo dotado de força interna (a contradição) que produz os acontecimentos.
4- Um trabalho filosófico que concebe a história como história do Espírito.
5- Um trabalho filosófico que pensa a história como uma volta sobre si mesmo (reflexão). O