A concentração do capital e a concepção marxista
Concentração é o crescimento do capital individual mediante a acumulação de capital; transforma-se parte do excedente em novo capital, bens de produção que permitem produzir mais e com menos trabalho. Uma característica relevante sobre a concentração é o limite existente neste processo.
Centralização acontece a partir da luta concorrencial e das vantagens das maiores empresas, que produzem em maior escala, em relação às menores. Destaca-se neste caso que ao contrário da concentração de capital, a centralização não tem limite. O monopólio que é fruto deste sistema funciona em escala continua de fusão de empresas.
Ainda sobre a perspectiva de Marx observa-se que o ciclo de conjuntura da economia capitalista se caracteriza pelo crescimento da produção, depois crise, seguida de depressão. No crescimento não há pressão concorrencial. Já no período de depressão acontece o inverso onde a acumulação é reduzida e a concentração é automática. Quem sai ganhando sempre são as grandes empresas.
Ainda seguindo a linha marxista, o importantíssimo estudioso Rudolf Hilferding expõe que em um desenvolvimento capitalista a empresa individual tornou-se incapaz de levantar o capital necessário para se manter no novo ritmo do desenvolvimento tecnológico. Cada vez mais a empresa capitalista passa a ser uma empresa cujo capital é possuído por pessoas que não interferem em sua vida. Isto é, a sociedade anônima.
Nesta passagem do capitalismo individualista para o da sociedade anônima, quem dirige o processo não é necessariamente o proprietário dos meios de produção. Esse processo se fez através da intervenção do capital bancário. O