A CONCEPÇÃO DE ENSINO DA LÍNGUA
PETROLINA
2012
A CONCEPÇÃO DE ENSINO DA LÍNGUA
PETROLINA
2012
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O ensino de Língua Portuguesa nas escolas vem causando acentuados questionamentos – por parte tanto dos linguistas da enunciação (linguística textual, teoria do discurso, análise do discurso, análise da conversação, semântica argumentativa e os estudos ligados à pragmática) – como pelos profissionais docentes que atuam mais diretamente no processo de ensino.
Esses questionamentos estão relacionados à forma como o ensino da Língua foi conduzido durante muito tempo: tendo como ponto de partida e de chegada a gramática normativa e seu enfoque prescritivo e estruturalista, através de regras e nomenclaturas que determinavam categoricamente o certo ou o errado.
A língua é, por excelência, o meio privilegiado de comunicação entre os indivíduos, devendo assim ser compreendida em toda sua dimensão dialógica, pois não há como entender o processo comunicativo satisfatoriamente sem contextualizar os enunciados, sobretudo nas suas diversas esferas situacionais.
A linguística da enunciação foi salutar para uma quebra nos paradigmas já convencionados e um repensar sobre o trato dado à língua materna, tendo em vista que essa deve ser compreendida como instrumento de interação viva em constante mudança que abarca representações simbólicas, sociais e culturais de seus usuários nos diferentes contextos de comunicação.
É explícito que para o educador abarcar essa compreensão de língua e propiciar ao aluno um ensino que contemple suas múltiplas faces sem alusão específica à apenas uma vertente dessas faces é necessário que esse tenha uma definição aguçada de concepção de linguagem que fundamentará sua prática pedagógica. Em relação, especificamente, aos alunos concluintes do ensino médio, esses terminam essa série, na maioria das vezes, sem um respaldo proficiente para utilizar sua língua nativa de forma coerente nos textos orais e