A COMUNICAÇÃO E A REEDUCAÇÃO NO ESPAÇO PRISIONAL
Giuliana Arboite da Silva1
Jaqueline Dadda Monticelli 2
Silene Pisoni 3
Resumo
O presente estudo trata de uma pesquisa realizada com reeducandos, ex-detentos e agentes prisionais da Penitenciária Modulada Estadual de Osório – PMEO/RS. Para embasar teoricamente as observações feitas neste espaço prisional desenvolveu-se um breve referencial teórico constituído dos seguintes títulos: A função de Reeducar e a Educação, A Linguagem sob diferentes ópticas, Funções de Linguagem, Variações Linguísticas e Espaço prisional: uma linguagem diferenciada. O que se pretende com este estudo é mostrar que como em qualquer espaço social de convivência, também em um presídio existem normas que devem ser seguidas por todos e variações de linguagem que são notórias e muito particulares desse espaço. Para isto, observou-se o comportamento de alguns reeducandos, seu modo de falar e se comunicar, bem como as palavras características por eles utilizadas.
Palavras-Chave: reeducandos, linguagem, espaço prisional, educação.
Introdução
Este estudo tem por objetivo pesquisar como ocorre a comunicação em diferentes espaços sociais, ou seja, de que forma as pessoas utilizam a linguagem falada e escrita no espaço onde convivem.
A proposta deste artigo é apresentar a linguagem oral e escrita utilizada pelos reeducandos da Penitenciária Modulada Estadual de Osório – PMEO/RS, localizada na Estrada Afonso Cardoso, nº 2000, Capão da Areia – Osório/RS. Quando submetidas ao cárcere, as pessoas se organizam enquanto sociedade, seja por regras de conduta e comportamentos específicos do meio, bem como, por códigos de linguagem.
O tema central deste estudo é a linguagem utilizada neste espaço prisional, considerando gírias, códigos e palavras novas que substituem as usadas no cotidiano extramuro.
Para o enriquecimento da pesquisa serão considerados estudos anteriores acerca deste assunto e também depoimentos de dois reeducandos,