Sindrome do Abandono
SÍNDROME DE ABANDONO APRENDIDO: FACTOR DE RISCO
NOS PROCESSO DE INTERVENÇÃO EM EDUCAÇÃO SOCIAL
NOS ESTABELECIMENTOS PRISIONAIS PORTUGUESES
(ESTUDO EXPLORATÓRIO)
Universidade Portucalense
Porto, 2008
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Ana Paula Martins Lima
Dissertação apresentada à Universidade Portucalense Infante D.
Henriques para obtenção do Grau de Mestre em Educação Social
Orientador: Professor Doutor António Vieira
Universidade Portucalense
Porto, 2008
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Resumo
O presente estudo tem como objectivo determinar em que medida a Síndrome do Abandono Aprendido tem expressão na população masculina e feminina de Estabelecimentos Prisionais do Norte, Centro e Sul do País, numa amostra constituída por 296 reclusos.
Assim, foram considerados dois objectivos específicos: (i) o estudo das qualidades psicométricas da
“Escala de Abandono Aprendido”, instrumento utilizado para este estudo (versão adaptada da Learned
Helplessness Scale para a população portuguesa, por Lima Santos, Ribeiro e Faria, 1999) para avaliar o abandono aprendido, cujos resultados revelaram boas qualidades psicométricas.; e (ii) a avaliação e a análise das diferenças no Abandono Aprendido, em função de variáveis independentes pertinentes para o estudo. Os resultados diferenciais realizados confirmam três das onze hipóteses de trabalho (que previam manifestações diferenciadas no Abandono Aprendido em função de variáveis individuais e sociais).
Assim, verificam-se níveis mais elevados de abandono aprendido nos indivíduos de nível escolar baixo; nos reclusos com tempo de pena a cumprir intermédio (6-10 anos) e nos reclusos de nível sócioeconómico baixo. Em resumo, este estudo salienta a importância de se analisarem os índices de abandono aprendido em contexto prisional, e a participação dos Técnicos de Educação Social para a implementação de programas e estratégias de intervenção mais adequadas ao contexto de reclusão, promovendo, desta forma, o bem-estar integral