A Complexidade Do Cuidar
LUCIENE SILVA DE OLIVEIRA SANTOS
A COMPLEXIDADE DO CUIDAR
SÃO BENARDO DO CAMPO – SP
2015
A Complexidade do Cuidar
A cuidadora deve estar sensibilizada e habilitada para ajudar e apoiar nas circunstâncias de vulnerabilidade e, nesse sentido, o cuidar tem seu ponto de máxima importância, pois os esforços para buscar a restauração vão além da ordem física, representando apoio e permitindo que o outro, o ser cuidado, seja ele mesmo, em sua própria especificidade, em sua singularidade. A cuidadora busca, em última análise, manter a integridade do ser vulnerável, independente do que resulte sua condição, seja de cura, seja de alívio em fase de terminalidade. A ajuda se manifesta no manejo em tratar com o sofrimento, incapacidades e limitações ou, ainda, no caso de apoio em estados de medo e ansiedade, entre outras condições.
A complexidade do cuidar abrange, além de procedimentos e atividades técnicas, ações e comportamentos que privilegiam não só o estar com, mais o ser com. Melhor dito, acredita-se que procedimentos, intervenções e técnicas realizadas com o paciente só se caracterizam como sendo cuidado no momento em que comportamentos de cuidar sejam exibidos, tais como: respeito, consideração, gentileza, atenção, carinho, solidariedade, interesse, compaixão etc. O cuidar é um processo interativo, só ocorre em relação ao outro.
O modo de ser do cuidado envolve relação não de sujeito-objeto, mas sim de sujeito-sujeito. No contexto do processo de cuidar, essa relação se caracteriza por ser de cunho profissional, sujeito-outro, baseada no respeito e, caso recaia em objetificação, enquadrar-se-ia em relação de não-cuida
CARACTERIZAÇÃO DO PROCESSO DE
CUIDAR
O processo de cuidar ocorre dentro de uma cultura organizacional hospitalar que apresenta componentes de ordem variável e que podem ser visualizados conforme apresentado de forma gráfica e descrita em Waldow(9). Nos componentes destacam se o meio ambiente, o