A companhia de jesus: o inicio da educação no brasil
No século XVI, final da idade média, a Igreja católica passou por um processo de reformas religiosas. Martinho Lutero (criador do protestantismo), que era um monge Alemão, passou a criticar intensamente os dogmas da Igreja, apontando para a necessidade de reformas. Pressionada, com o avanço do protestantismo, pois estava perdendo fiéis. Os representantes da Igreja católica reúnem-se na cidade de Trento, na Itália (Concílio de Trento), para com o propósito de tomar algumas medidas, para coibir a disseminação da religião protestante (ARANHA, 2006; FARIA, 2013).
No ano de 1534, século XVI, Inácio de Loyola, um cavaleiro da Espanha, cria a Companhia de Jesus, com o intuito de combater o crescimento do movimento protestante, ou da Reforma protestante como habitualmente é conhecida, utilizando como método o ensino religioso (FARIA, 2013).
Os padres jesuítas, sob forte influência da contrarreforma, chegaram ao Brasil no ano de 1549, com a finalidade (missão) de catequizar os índios e de educar a elite colonizadora (OLIVEIRA, 2004). Liderados pelo padre Manuel da Nóbrega, vieram acompanhando Tomé de Sousa, primeiro governador-geral do Brasil (ARANHA, 2006). Conforme Xavier (1980, apud OLIVEIRA, 2004, p.946),
preocupados com a difusão da fé e com a educação de uma elite religiosa, os jesuítas criaram um sistema educacional que, em última instância, fornecia aos elementos das classes dominantes uma educação clássica e humanista como era o ideal europeu da época.
Os padres jesuítas precisaram de apenas quinze dias, para fazer funcionar uma escola de ler e escrever, na cidade de Salvador, dando origem ao “processo de criação de escolas elementares, secundarias, seminários e missões” (ARANHA, 2006, p.140), que se alastrou pelo nosso país até o ano de 1759, quando foram expulsos de nossas terras pelo marquês de Pombal. O irmão Vicente Rodrigues, com 21 anos de idade na ocasião, acabou se tornando o primeiro