A ciência e a nossa tecnologia
Vivemos um momento muito interessante dessa nossa odisséia terrestre. As diversas formas de fanatismos estão cada vez mais próximas de todas as nossas relações sociais, afetivas e mecânicas. Tivemos, nessa grande concepção de construção científica, a formulação de uma visão extremamente fechada do que venha ser ciência, tecnologia, entre outros processos existentes dentro de nossas relações sociais, sejam elas de poder ou não.
Segundo Berkeley, o mundo em si não existe, mas é criado por nosso pensamento. Ou seja, as idéias criam a realidade, precedendo-a, portanto. E essa é a realidade da construção de nossa comunicação. Vivemos em um mundo que crê apenas naquilo que o nosso pensamento epistemológico construiu através da comprovação científica. A construção dessa sociedade, que chamamos de “moderna”, está baseada no velho e antigo egocentrismo humano. Sentimento cada vez mais consolidados nos diversos fanatismos - mecanização do processo de consolidação cultural.
Segundo Politzer (1961), o idealismo, assim como a religião, provém da ignorância dos homens a respeito do mundo. E diz que como conseqüências disso, os homens buscam explicar tudo pela voz de Deus. Na realidade de nossa constituição social, hoje essa afirmação possui a mesma equivalência para a crença na ciência. Daí crenças, como as dos antigos gregos, sobre a existência de quatro elementos, ou seja, água, terra, fogo e ar, e a propriedade que têm de não se decomporem.
Uma das coisas que mais chama a atenção nessa nossa sociedade de hoje, é a quebra daquilo que Aristóteles havia sinalizado acerca da questão da dependência existente entre os fenômenos do universo, os ciclos evolutivos presentes na história e o fato de tudo possuir causas e conseqüências. Nossa sociedade perdeu a grande capacidade de compreender as questões da nossa história. Perdemos a grande capacidade de nos relacionarmos com o meio que nos cerca, e por conseqüência nos