A CIÊNCIA DA CULTURA. Edward Burnett Tylor. Celso Castro (org.). Jorge Zahar. Rio de Janeiro. 2005.
Objetivos do texto: deixar claro a importância da antropologia enquanto ciência investigativa e suas conquistas e avanços para a sociedade, valorizando e não segregando o homem enquanto sujeito pensante e crítico.
Cultura ou Civilização, tomada em seu mais amplo sentido etnográfico, é aquele todo complexo que inclui conhecimento, crença, arte, moral, lei, costume e quaisquer outras capacidades e hábitos adquiridos pelo homem na condição de membro da sociedade.
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A investigação desses dois grandes princípios em vários departamentos da etnografia, com atenção especial à civilização das tribos inferiores como relacionada com a civilização das nações mais elevadas, está dedicado este livro.
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Nossos modernos investigadores das ciências da natureza inorgânica são os primeiros a reconhecer, tanto dentro quanto fora de seus campos especializados de trabalho, a unidade da natureza, a fixidez de suas leis, a seqüência definida de causa e efeito ao longo da qual todo fato depende do que se passou antes dele e atua sobre o que vem depois.
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Como um todo, o mundo está mal preparado para aceitar o estudo da vida humana como um ramo da ciência natural e para, num sentido amplo, seguir a exigência do poeta de "considerar a moral como as coisas naturais".
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Para muitas mentes educadas, parece haver algo insolente e repulsivo na idéia de que a história da humanidade seja uma parte essencial da história da natureza; de que nossos pensamentos, desejos e ações funcionem de acordo com leis tão definidas quantas aquelas que governam o movimento das ondas, a combinação de ácidos e alcalinos e o crescimento de plantas e animais.
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Existem muitos que voluntariamente aceitariam uma ciência da história se essa fosse apresentada com substancial definição de princípio e evidência, mas que, não sem razão, rejeitam os sistemas oferecidos a eles por