a civilização do açucar
A Independência do Brasil em 1822, enfrentou no cenário político e econômico interno e externo uma série de perturbações que pouco ou nada modificaram o caráter de dependência do país com relação ao capital estrangeiro, tampouco nas relações entre os proprietários dos meios de produção e da força de trabalho se mantinham inalteradas.
Na política a Emancipação do país buscou um equilíbrio entre as províncias e suas lideranças. Em Pernambuco, no dia 8 de dezembro de 1822 D. Pedro I foi reconhecido imperador em Recife e a elite pernambucana passou a participar da elaboração de uma constituição brasileira. As elites locais passaram a perceber a emancipação e a criação do Estado Nacional como uma oportunidade de acumulação de capital, diferente do sistema colonial que se caracterizava pelo sistema de acumulação externa de capital.
A importância da Província de Pernambuco para o governo central era bastante considerável, pelo fato de ser uma das províncias que mais trazia rendimentos ao país, com representação política forte e receosa. Entre 1822 a 1824, Pernambuco atravessa diversas fases de desequilíbrio e conflitos entre as elites locais que buscavam se firmar, o declínio da economia açucareira que perdia espaço para as exportações de café e com o descontentamento de certos setores com a interferência cada vez maior do Governo Imperial nas decisões políticas da Província.
Com o estabelecimento do poder central no Rio de Janeiro, as disputas entre as lideranças locais mais próximas do poder central pelo favoritismo das possibilidades internas de acumulação de capital, se tornam mais agressivas.
Em Pernambuco as elites também estavam divididas, de um lado havia um grupo liderado por Francisco de Paes Barreto, que devido às rivalidades regionais se colocavam em apoio às decisões do governo central. Do outro lado estava o grupo liderado por Manoel de Carvalho Paes Andrade, que dominava a Província politicamente e que se