A Civilização do Açucar
José Alessandro Freitas da Silva
São Paulo
2012
A Civilização do Açúcar, escrito por Vera Lúcia Amaral Ferlini tem como objetivo mostrar a importância da implantação da lavoura canavieira no Brasil, inicialmente durante o século XVI, que teve como resultado, o modo de como se desenvolveu a cultura, a economia e a escravidão em nosso país. O descobrimento do Brasil em 1500 não resultou em mudanças políticas no que se diz respeito às antigas feitorias no oriente. O Brasil era rico em pau-brasil, porém, não possuía metais preciosos (o ouro viria a ser achado no Brasil séculos depois), com isso, não era estimulada a efetiva ocupação e povoamento em nossas terras. Entretanto, outros países estavam de olho nas possíveis riquezas brasileiras, como os franceses que freqüentavam constantemente a nossa costa, onde se envolviam em escambo. Manter o domínio sobre o Brasil se tornou então, uma preocupação primordial, já que ficavam cada vez mais acirradas as disputas pelas colônias americanas. O açúcar seria a possível solução para o problema, já que o mercado exigia um aumento de produção, com isso, a lavoura canavieira inaugurava uma nova forma de colonização. Portugal transformou a empresa colonial em um sistema produtivo, onde o objetivo era elaborar novas técnicas de produção e um constante fluxo de mercadorias para o comércio europeu.
A escolha do açúcar se justificava, pois Portugal já possuía experiência em seu cultivo, possuíam contatos que implantariam a colocação do produto no mercado, banqueiros genoveses e flamengos e principalmente por possuir terras em larga escala onde podia ser produzido açúcar em abundancia. Não somente o solo favorecia o plantio de cana e os negócios do açúcar, possuía também, uma vasta rede hidrográfica litorânea, com clima quente e úmido, perfeito para o cultivo e as comunicações com a Metrópole eram facilitadas pela menor distancia em relação à Europa, pela direção favorável dos