A cidade não é uma árvore
Christopher Alexander nasceu em 1936 na Áustria, Viena. Foi educado em Inglaterra e, mais tarde, formou-se em Arquitectura.
Em Abril de 1965 publica um artigo no Architectural Forum intitulado “Uma cidade não é uma árvore”, subdividido em duas partes. O artigo é uma crítica à forma descomplexa e repetida de como os projectistas desenharam e organizaram cidades, sendo intituladas neste artigo como cidades artificiais. As cidades artificiais são cidades com uma estrutura em “Árvore”, tal como aparece no título do artigo, que apesar do seu aspecto complexo acaba por apresentar várias lacunas se comparadas com as cidades naturais. Este tipo de cidades sempre seguiu uma ideologia de separação da população por hierarquização, tal como a separação e falta de interacção dos ramos existentes numa “Árvore”, o que levava a que a cidade se subdividisse em zonas e os serviços públicos contidos nessas zonas, como por exemplo o comércio, só serviriam para a população que habitava no seu interior. É este sistema fixo e imutável existente na vida da cidade que elimina a espontaneidade e criatividade de individuo, o que o autor condena como um sistema anarquista e autodestrutivo.
As cidades naturais são descritas como cidades com um crescimento “livre”, ou seja, que se desenvolveram durante vários anos, sem serem organizadas por projectistas, tendo-se desenvolvido de forma espontânea. Estas cidades tinham uma estrutura em “Semi-trama” que apresenta uma forma bastante complexa, isto é, uma cidade com uma estrutura cheia de intersecções e ligações. Como a sua expansão não era planeada por ninguém, as cidades cresciam conforme a necessidade da população local, não havendo nenhuma descriminação que estão normalmente intrínsecas à hierarquização dos habitantes. Este tipo de expansão fazia com que os serviços existentes nestas cidades pudessem ser usufruídos por todos de forma igual e justa aumentando a interacção social entre os habitantes, sendo