Resenha de A Cidade não é um árvore.
“UMA CIDADE NÃO É UMA ÁRVORE”
A presente resenha tem o objetivo de traçar um estudo acerca do artigo em epígrafe de Cristopher Alexander, que é um arquiteto, matemático e urbanista austríaco, bem como professor emérito da Universidade da Califórnia em Berkeley. Atualmente com 77 anos, foi um dos críticos da arquitetura moderna apontando a desagregação social causada por ela. Seus estudos contribuíram para a utilização de padrões geométricos e matemáticos no urbanismo e arquitetura, por meio de publicações como “A New Theory of Urban Design”, “A Pattern Language” e “The Timeless Way of Building”.
Na publicação em cotejo, de 1965, o autor critica a forma de fazer cidades afirmando que nenhuma cidade artificial, como ele classifica as cidades planejadas, atinge o grau de complexidade de qualquer cidade natural, as que acontecem depois de anos e de forma orgânica, atendendo as necessidades da população. Partindo desse principio ele classifica de forma diferente os sistemas existentes nesses dois tipos de cidades, sendo o sistema “ arvore” o sistema das cidades artificiais, ou seja, menos complexo, obvio e mais fácil de ser sintetizado por nos uma vez que não somos capaz de prever algo mais complexo, e o sistema “ semilattice” ou semi-trama, sistema este destinado as cidades naturais, sistema mais complexo e sobreposto por necessidades, impossível segundo Alexander, se não de forma espontânea.
Na concepção do autor, o sistema arvore é autodestrutivo e falho uma vez que o próprio sistema acaba por conceber uma semi-trama, tornando-se assim mais complexo que de origem, um exemplo disso é o Plano Piloto de Lúcio costa, que apesar de ter como princípio essa estrutura árvore, em seu entorno, quase de forma imediata, aconteceram as semi-tramas, inevitavelmente.
Em que pese os sistemas e métodos de se “fazer” uma cidade, Alexander foi feliz ao afirmar que:
“É cada vez mais reconhecido atualmente que existe algum ingrediente essencial faltando às cidades