A cidade clássica e a cidade barroca
1.
A Cidade Clássica
Historicamente, o período do renascimento tem origem em 1453 1, ocasião em que os turcos conquistam Constantinopla2, pondo um fim no
Império Romano do Oriente3 e abrindo caminho para uma grande mudança cultural e econômica da sociedade européia.
Com a queda de Constantinopla, as principais rotas comerciais do Mar Mediterrâneo se deslocaram para o Oceano Atlântico. Por volta do final do século XV, a dinâmica da civilização européia muda radicalmente. Antes de 1500, contatos ultramarinos tinham uma importância reduzida, mas com o desenvolvimento da navegação marítima e, posteriormente com o estabelecimento de comércio entre o continente europeu e as novas colônias, o mercantilismo passa a ocupar lugar de destaque no desenvolvimento econômico europeu. A descoberta dos metais preciosos na América robusteceu ainda mais o colonialismo dos países europeus.
Em fins do século XV, a população urbana das cidades européias, com mais de 30.000 habitantes, correspondia a somente 2,5% da população total. Esta baixa proporção é um reflexo da preponderante natureza rural da sociedade pré-industrial.
Em relação à civilização européia, durante o período do renascime nto, GOITIA (1992) afirma que a principal “a atividade urbanística durante o século XV e XVI consiste, em grande parte, em alterações no interior das velhas cidades que, geralmente, modificam muito pouco a estrutura geral”. Ainda segundo o autor, a “abertura de algumas ruas novas, com edifícios solenes e uniformes, e sobretudo a criação de novas praças, regulares ou quase regulares, para enquadramento de um monumento destacado, uma estátua para honrar um rei ou um prín cipe, ou para representações ou festejos públicos, são os empreendimentos urbanos mais apoiados, que o período barroco irá continuar ainda em maior escala”.
Nessa direção BENEVOLO (1993), explica que as cidades e as benfeitorias territoriais criadas durante a