A cidadania no Brasil
Perdeu-se a crença de que a democracia política resolveria com rapidez os problemas da pobreza e da desigualdade.
A cidadania no Brasil ocorreu de forma inversa da descrita por Marshall, no Brasil veio primeiro os direitos sociais, depois os direitos políticos e muitos dos direitos civis ainda continuam à maioria da população. Uma conseqüência importante desse processo é a excessiva valorização do Poder Executivo criando uma cultura mais orientada para o Estado do que para a representação. O Estado é sempre visto como todo-poderoso, na pior hipótese como repressor e cobrador de impostos; na melhor, como um distribuidor paternalista de empregos e favores.
A ausência da ampla organização da sociedade faz com que os interesses corporativos consigam prevalecer. A representação política não funciona para resolver os grandes problemas da maior parte da população. Os eleitores desprezam os políticos, mas continuam votando neles na esperança de benefícios pessoais.
O ambiente internacional hoje está totalmente desfavorável a golpes de Estado e governos autoritários. Porém a redução do papel central do Estado como fonte de direitos e como arena de participação, e o deslocamento da nação como principal fonte de identidade coletiva mudaram e continuam a mudar as relações entre Estado, sociedade e nação. Assim como há o enfraquecimento do poder do Estado, há fragmentação da identidade nacional.
Se há algo importante a fazer em termos de consolidação democrática, é reforçar a organização da sociedade para dar embasamento social ao político, isto é, para democratizar o poder. Contra o Estado clientelista, corporativo, colonizado. Fundamentada na colaboração entre sociedade e Estado.
O conceito de sociedade de consumo está ligado ao de economia de mercado e, por fim, ao conceito de capitalismo, entendendo economia de mercado aquela que encontra o equilíbrio entre oferta e demandam através da livre circulação de capitais, produtos e pessoas, sem