A CHARGE NO LIVRO DIDÁTICO DE HISTÓRIA
Vivemos em uma sociedade visual com intensas transformações tecnológicas, na qual uma “avalanche” de imagens tem atravessado o espaço social e o mundo do espetáculo exerce uma influência considerável nas relações sociais. Por todos os lugares em que andamos encontramos imagens que formam sentidos e criam significados. Tal situação pode interferir na naturalização das imagens por parte de professores e alunos. Mas o trabalho com imagens em sala de aula pode ainda se constituir em uma experiência riquíssima de aprendizado, servindo para o questionamento das verdades imagéticas e, portanto, para a sua desnaturalização.
As idéias são frutos de uma determinada realidade e nelas estão inseridos elementos que podem formar conceitos ou questioná-los, contribuindo ainda para compreender o contexto no qual foram produzidas. Além disso, utilizando as palavras de Mário Feijó, “a cultura contemporânea é cada vez mais visual, e isso fortalece todas as formas de comunicação que têm por base ou exploram a imagem” (FEIJÓ, 1997, p. 8).
O uso da charge como ferramenta aplicativa na disciplina de História pode fazer com que a reflexão seja feita a partir da metodologia de ensino, interligando-a com a Nova História, teoria da história surgida na década de 1970 que fomenta a importância social do cotidiano para a história, a prática cultural, formando o aluno para a criticidade, desenvolvendo a opinião crítica e as especificidades de trabalhar com imagens na contextualização do ensino de História.
Vale salientar, na didática do professor, o embasamento teórico e prático de apresentar e interessar o uso de imagem, despertando assim maior interesse e melhores resultados em sala de aula, formando com princípios básicos de cidadania e utilizando como principal ferramenta o uso da democracia. Os elementos da pesquisa em uso de charges são norteados por livros de diferentes autores, Martine Joly, Selva Guimarães Fonseca, Thais Nivia Fonseca, Eduardo França Paiva, que