A casa modernista
A casa modernista
A Casa Modernista foi a primeira obra arquitetônica modernista do país. Projetada em 1927 por Gregori Warchavchik e construída em 1928, a casa era um reflexo no ramo da arquitetura do movimento modernista no Brasil. A construção causou grande impacto por não possuir o excesso de ornamentos comuns à época e marca o momento de transição das formas clássicas ao inovador.
O arquiteto projetou a casa para morar com sua família após o casamento com Mina Klabin, filha de industrial da elite paulistana. Enquanto a burguesia vivia um estilo de vida inspirado na belle époque de Paris, os artistas buscavam a criação de uma identidade nacional diferenciada, que se refletiu na construção. Por essa razão, a arquitetura do prédio dividiu opiniões e teve grande repercussão entre intelectuais.
Sua estrutura não possui ornamentação e é composta por prismas brancos e lisos. Era um projeto tão inovador para a época que, para conseguir a aprovação de construção da Prefeitura, o arquiteto apresentou um desenho diferente, repleto de detalhamentos na fachada. Ao concluir a obra, Warchavchik alegou que não possuía recursos para completá-la.
Um dos destaques da casa é o jardim, projetado por Mina Klabin, com uso pioneiro de espécies tropicais. Rente ao muro, Mina plantou um bosque de eucaliptos, durante a Segunda Guerra Mundial, para evitar contato com o prédio que era construído em frente, o hospital nipo-brasileiro (já que judeus e japoneses estavam em lados opostos na guerra).
A família morou na casa até a década de 1970, quando finalmente a vendeu. Por iniciativa popular, o local foi tombado em 1984 pelo Condephaat, Iphan e, posteriormente, pelo Conpresp (organizações de proteção do patrimônio histórico). A casa foi restaurada e o jardim passou por uma revitalização, seguindo o projeto original de Mina Klabin, e foi transformado em um parque.
Após as reformulações, o local foi aberto ao público em agosto