A casa modernista
Destituída de qualquer ornamentação e formada por volumes prismáticos brancos, a obra era tão impactante para a época que, para conseguir obter aprovação junto à prefeitura, o arquiteto apresentou uma fachada totalmente ornamentada, e após a conclusão da obra, alegou falta de recursos para completá-la.
Warchavchik, em carta destinada ao secretário do CIAM, Siegfried Giedion, relatava as inúmeras dificuldades que teve que enfrentar durante a construção –desde a aprovação, o alto preço de materiais como cimento e vidro e a formação técnica da mão-de-obra-. Além da edificação, merece destaque o jardim, projetado por Mina Klabin, sua esposa, devido ao uso pioneiro de espécies tropicais.
Em 1935, a casa passa por uma reforma, quando o arquiteto procura adequá-la à família que crescia, ao mesmo tempo em que experimentava alterações na lógica da circulação e na composição dos volumes. O acesso principal passa a se realizar pela lateral, onde foi acrescida uma marquise; a cozinha é ampliada e a varanda lateral é suprimida, dando lugar a uma ampliação da sala de estar que ainda ganha um novo volume curvo, cuja laje dá lugar a um novo terraço que circunda o quarto da esposa. Além do novo terraço, o piso superior ganha algumas modificações, como a inserção de um novo sanitário servindo o quarto do marido e de um closet, entre o quarto da esposa e o quarto do filho, anteriormente, quarto de costura.
Em 1984, o o conjunto é tombado pelo Condephaat, seguido pelo Iphan e, posteriormente, pelo Conpresp. Mas