Gregori Warchavchik e a casa modernista.
Gregori Ilych Warchavchik nasceu em Odessa, Ucrânia. Começou sua jornada na arquitetura na Universidade Nacional de Odessa.
Em 1918 se muda para Roma onde ingressa na Regio Istituto Superiore di Belle Arti, onde se forma no ano de 1920 e trabalha com os ex-professores Marcello Piacentini e Vincenzo Fasolo. Muda-se para o Brasil em 1923, contratado pela Companhia Construtora de Santos, dirigida por Roberto Simonsen, onde permanece por três anos e meio como arquiteto assalariado. Em 1925, publica o texto ‘’ Futurismo?’’ no jornal italiano de São Paulo Il Piccollo. Publica outros textos, sobretudo na década de 1920, intervindo no debate arquitetônico local ao defender parâmetros racionais para a arquitetura. Após se casar com
Mina Klabin, filha de um industrial da elite paulista, em 1927, Warchavchik se naturaliza brasileiro e se insere na sociedade paulistana e nos círculos modernistas, abrindo escritório próprio.
Sua primeira obra, a casa da rua Santa Cruz, de 1928, é considerada o primeiro exemplar da arquitetura moderna no Brasil. Em 1930, Warchavchik constrói a casa da rua Itápolis, inaugurada com a "exposição de uma casa modernista", onde além da residência projeta peças de mobiliário, luminárias e esquadrias, e decora o ambiente com obras de arte e peças de design dos modernistas brasileiros. É convidado por Le Corbusier, que visita a casa ainda em construção, para ser o delegado da América do Sul nos Congressos Internacionais de Arquitetura Moderna - Ciam e, em 1931, Lucio Costa convida-o a dar aulas na Escola Nacional de Belas Artes - Enba, no Rio de Janeiro. Warchavchik expõe no Salão de 31 as únicas obras modernas construídas no Brasil até então, e faz as primeiras obras modernas do Rio, entre elas a Casa Nordschild, 1931, e a reforma de uma cobertura no Edifício Olinda, na avenida Atlântica, em 1932, ambas inauguradas com exposições semelhantes à exposição de São Paulo. Associado a Lucio Costa, projeta a Casa Schwartz, em 1932, e uma