a casa dos loucos
Em a Casa dos Loucos, Michel Foucault, aborda os temas da loucura, saber, poder, verdade, sociedade, Psiquiatria e Psicanálise. Em sua explanação esclarece que “não há verdade fora do poder ou sem o poder, pois toda verdade gera efeitos de poder, e todo poder se ampara e se justifica em saberes considerados verdadeiros”. Para ele, o poder não pode ser localizado, não pode ser centralizado numa instituição ou Estado, não é algo de propriedade do sujeito, mas sim uma relação de forças. E por ser uma relação, está em todas as partes. O sujeito está emaranhado nesse poder e jamais poderá sair dele, não poderá ser independente do mesmo.
Sobre a criação da psiquiatria no século XIX, Michel Foucault, aborda o desenvolvimento da relação médico-paciente, enfatizando as práticas e a contestação da antipsiquiatria. Esclarece que a vida do louco já como uma propriedade da ciência, sofre mudanças radicais e se transforma no isolamento.
Segundo Foucault, os conceitos de sanidade e loucura são construções sociais, que não refletem padrões de comportamento humano, e são apenas indicativos do poder dos "saudáveis" sobre o "demente".
O saber médico, e a internação psiquiátrica, tornaram-se instrumentos de poderes institucionais da época. Este saber médico juntamente com outras ciências, podem ter sido os grandes responsáveis, por estabelecerem a fronteira entre a racionalidade e a loucura, sem ao menos ter total conhecimento de o que ela realmente era. A loucura, entretanto, começava a ser vista pelo mundo psiquiátrico como a ameaça de uma doença à sociedade. E como toda doença havia a necessidade de se encontrar uma cura.
As contribuições de Foucault para a história da psiquiatria são importantes para percepção de várias estratégias, como instrumentos de poder, as táticas do saber que se estende à psiquiatria, e as técnicas de asilamento numa relação do dominante e mestre da loucura para com o louco. Porém, não se encontra luta para com as