“A casa dos loucos” em a microfísica do poder de michel foucault
DEPARTAMENTO DE SERVIÇO SOCIAL
SEMESTRE 2011/1
DISCIPLINA: DIREITO E CIDANIA
PROFESSOR: ADRIANO DE BORTOLI
ALUNA: WALKIRIA GLANERT MAZETTO
ATIVIDADE: Resenha do Texto “A casa dos Loucos” em A Microfísica do Poder de Michel Foucault
http://aprs.org.br/2010/09/antipsiquiatria-por-rogerio-wolf-de-aguiar-e-colaboradores/
Percorrem-se algumas linhas do pensamento de Michel Foucault. Tematiza-se o percurso histórico da loucura e a inserção desta em um campo de oposição entre a razão e a desrazão. Destaca-se a desapropriação, sofrida pela loucura, da possibilidade de falar a verdade de si. Neste sentido, a criação da psiquiatria, nos primórdios do século XIX, caracteriza-se pelo silenciamento moral da loucura; silenciamento este com o qual a psicanálise mais tarde compactua. Em um segundo momento, aborda-se o desenvolvimento histórico da relação médico-paciente enfatizando as práticas psiquiátricas e a contestação destas pela antipsiquiatria.
Michel Foucault, Erving Goffman, Gilles Deleuze, Félix Guattari e outros criticaram o poder e o papel da psiquiatria na sociedade, incluindo a utilização de "instituições totais", rótulos e estigmas . Foucault argumentou que os conceitos de sanidade e loucura são construções sociais que não refletem padrões quantificáveis de comportamento humano e que antes são apenas indicativos do poder dos "saudáveis" sobre o "demente".
O movimento da anti-psiquiatria surgiu, no final do século XIX, caracterizou-se por ser um movimento que reagia contra as estruturas asilares da psiquiatria. Esse movimento contrariava as estruturas asilares (ambientes onde se tratava os loucos), pois eles condenavam a maneira como o poder dos médicos se exercia (sobrepunha) sobre os loucos – doentes mentais – os quais eram tratados isoladamente da sociedade – não conviviam ao lado de seus familiares, não tinham (recebiam) influências externas; eram tratados