A casa de adão no paraíso - fichamento
Faculdade Nacional – FINAC
Arquitetura e Urbanismo
THAU I
Prof. Luís Marcelo
A Casa de Adão no paraíso
Rykwert, Joseph, 1926.
Positivo e arbitrário
(...) Antes que pudesse formular sua própria visão de arquitetura, Durand acreditava ser necessário eliminar os argumentos que tratavam do amplo tema de mímesis, a imitação da natureza na arte. Ele resume sua atitude na arte. Ele resume sua atitude transgressora da seguinte forma:
Se a arquitetura agradar através da imitação, ela deve imitar a natureza da mesma forma que as outras artes. Portanto verifiquemos se a primeira cabana feita pelo homem era um objeto natural; se o corpo humano pode servir como um modelo para as ordens; e finalmente se as ordens são uma imitação da cabana e do corpo humano! (pag. 39, parágrafo 3 e 4)
(...) O homem em suas origens primitivas, sem qualquer ajuda, sem outro guia além do instinto natural de suas necessidades. Ele deseja um lugar para acomodar-se. Ao lado de um córrego tranqüilo, ele avista um prado; a relva fresca agrada seus olhos, a maciez o convida. Ele se aproxima; e reclinando sobre as cores radiantes desse tapete, pensa somente em desfrutar na paz, as dádivas da natureza: nada lhe falta e ele nada deseja; mais logo, o calor do sol começa a crestá-lo, forçando-o a procurar abrigo. A floresta vizinha oferece a frescura de suas sombras, ele corre para se esconder em seu interior, novamente satisfeito. Nesse ínterim, milhares de vapores que se haviam elevado em vários pontos se encontram e se agrupam; nuvens espessas escurecem o ar e temíveis chuvas escorrem em torrentes abaixo na deliciosa floresta. O homem, mal abrigado pelas folhas, não sabe como se defender do desconforto da umidade que parece atacá-lo por todos os lados. Uma caverna surge á sua frente: ele escorrega para dentro, sentindo-se protegido da chuva e encantado com sua descoberta. Mas novas inconveniências tornam essa moradia do mesmo modo desagradável; ele vive no