Antigo testamento
Passando para os livros históricos, ingressamos num outro âmbito literário. Todavia, o reconhecimento de que a situação literária nos livros históricos é diferente da do Pentateuco ou do Tetrateuco é relativamente recente. Antes se explicavam os livros históricos do Antigo Testamento, análogos ao Pentateuco onde as fontes narrativas já ofereciam certas unidades narrativas que perpassavam o complexo todo. Certamente não se ignoraram as passagens deuteronomísticas do livro de Josué até o Segundo Livro dos Reis, já que chamam a atenção por sua linguagem característica no que tange a linguagem e ao estilo. Todavia, estas partes eram consideradas acréscimos redacionais a um complexo narrativo já existente. Só no livro dos reis, já se atribuía em maior grau a seleção e a configuração da tradição a esta mesma redação. 1. Antes da obra deuteronomística, portanto, não havia um projeto historiográfico que abrangesse todos os séculos, mas sim, compilações de narrativas isoladas, como as coleções de histórias da época de Josué ou de Juízes, ou então também relatos autônomos de certas épocas, como a história de ascensão e sucessão de Davi no trono.
A distribuição posterior da obra toda entre os livros de Josué, Juízes, Samuel e Reis corresponde, portanto, somente no início às incisões originais da obra, ou seja, às épocas de Moisés e Josué correspondem a Deuteronômio de Josué.
2.
3. Em respeito ao passado, a obra historiográfica deuteronomística acolhe as mais variadas tradições e reporta-se às suas fontes, em especial, os diários dos reis onde leitores interessados podem buscar informações complementares.
Primeiramente a obra historiográfica deuteronomística procede de uma seleção de seu material traditivo, ao preferir em razão de suas intenções teológicas, tradições que tem a ver com o relacionamento com Deus e o culto, em detrimento de