A ira de deus
16826 palavras
68 páginas
INTRODUÇÃO Em onze anos como um homem regenerado em Cristo Jesus, nunca ouvi sequer uma pregação ou mesmo um estudo sobre a ira de Deus. As igrejas modernas, em sua maioria, pregam prosperidade, o bem-estar do homem, mas não se fala da ira de Deus porque confronta o homem pecador, além de alguns não crêem na doutrina da ira de Deus; não acreditam num Deus furioso com o pecado, que cumprirá sua justiça. Outros pensam que a ira de Deus não é coerente com a sua bondade, e assim procuram bani-la dos seus pensamentos. Os que crêem na doutrina falam pouco ou nada sobre o tema, talvez porque se sentem constrangidos ao subirem no púlpito e expor o juízo de Deus, preferem murmurar alguma coisa sobre a bondade de Deus. Praticamente a doutrina da ira de Deus, tornou um tabu na sociedade moderna, e os cristãos em geral têm aceitado o tabu e se sentem condicionados a nunca levantar o assunto. Será que a doutrina da ira de Deus é apenas uma possibilidade histórica, isto é, fatos que se referem apenas a uma certa época, face ou período da humanidade? Ou talvez seria apenas psicológica (espiritual), criada pela igreja para submeter seus adeptos a religião? Existem algumas justificativas porque escolhi discorrer sobre a doutrina da ira de Deus, a saber: 1) Os dois testamentos enfatizam com rigor a realidade e o terror da ira de Deus. Um estudo da concordância bíblica mostrará que nas Escrituras há mais referências à cólera, fúria e ira de Deus do que ao seu amor e bondade. Temos visto o abandono da doutrina pelos pregadores modernos; 2) Alguns teólogos separam a ira da justiça de Deus. Veremos, portanto, que não há razão para tal distinção, porque a ira de Deus é o aspecto da sua justiça que trata da retribuição aos ímpios; 3) O assunto tratado servirá como alerta e instrução para os crentes de todas as denominações, já que toda a raça humana será julgada pelo Justo Juiz, segundo