A autonomia dos professores
José Contreras
O texto trata-se de aprofundar o entendimento da autonomia como chave para compreensão de um problema específico do trabalho educativo, característica esta, essencial na possibilidade de desenvolvimento das qualidades primordiais da pratica educativa, pratica esta repleta de condicionantes.
Como exemplos de compreensão da pratica profissional faz-se uma reflexão a partir de três modelos de professor: o especialista técnico, o profissional reflexivo e o intelectual crítico. Afim de uma maior aproximação da definição de autonomia.
O primeiro é o modelo dominante que tradicionalmente existiu e estabeleceu toda a ideologia do profissionalismo. A definição desse modelo de racionalidade técnica é que a pratica profissional consiste na solução instrumental de problemas mediante a aplicação de um conhecimento teórico e técnico previamente disponível que procede da pesquisa cientifica. Instrumental porque supõe a aplicação de técnicas e procedimentos que se justificam por sua capacidade para conseguir resultados, ou seja, oque difere a profissões é a forma com que tal profissional resolve seus problemas, sempre munido de procedimentos técnicos derivados de uma ciência aplicada que afeta esse desempenho profissional.
Destaca-se três características: Primeiro que a relação entre a pratica e o conhecimento é hierárquica, há uma separação pessoal e institucional entre a elaboração e o conhecimento definindo a clara divisão do trabalho. Segundo, definindo a ciência aplicada como formulação de regras tecnológicas as quais se estabelecem procedimentos que gerarão resultados. Terceiro, que a elaboração do conhecimento técnico é possível na medida em que se considera que os fins que se prendem são fixos e bem definidos.
No campo da educação, a falta de aplicação técnica de grande parte do conhecimento pedagógico, juntamente com a natureza ambígua e, por vezes, conflituosa de seus fins, levou a que se considere