A autonomia de professores
Disciplina: EDU 640 – Formação de Professores: Perspectivas Atuais
Valeska Carvalho e Almeida - 27048
Contreras, J. Os valores da profissionalização e a profissionalidade docente. In: Contreras, J. A autonomia de professores. São Paulo: Cortez, 2002, p. 71-85.
O trabalho de Contreras (2002) trata da profissionalidade docente descrevendo as dimensões necessárias para demarcar os problemas da autonomia dos professores. Ele afirma que o termo profissionalidade refere-se às qualidades da prática profissional dos professores em função do que requer o trabalho educativo. Nessa perspectiva, falar de profissionalidade significa não só descrever o desempenho do trabalho de ensinar, mas também expressar valores e pretensões que se deseja alcançar e desenvolver nesta profissão. Mais especificamente, as qualidades da profissionalidade fazem referência àquelas que situam o professor em condições de dar uma direção adequada à sua preocupação em realizar um bom ensino. São, por conseguinte, dimensões do seu fazer profissional no qual se definem aspirações com respeito à forma de conceber e viver o trabalho de professor, ao mesmo tempo em que se inscreve a forma de dotar a realização do ensino de conteúdo concreto. O autor cita Gimeno (1990) para salientar que a atuação docente não é um assunto de decisão unilateral do professor, pois não se pode entender o ensino atendendo apenas os fatores visíveis em sala de aula. O ensino é um jogo de “práticas aninhadas”, onde fatores históricos, culturais, sociais, institucionais e trabalhistas tomam parte, junto com os individuais. Em síntese, a forma concreta que cobrem estas dimensões depende tanto da maneira de entender o ensino, como da forma de resolvê-la em suas condições específicas. Contreras destaca três dimensões da profissionalidade por sua importância para conceber o problema da autonomia a partir de uma perspectiva educativa. A primeira é a obrigação moral, este aspecto