RESUMO A AUTONOMIA DE PROFESSORES
Capítulo 01: A autonomia perdida: a proletarização dos professores. Contreras inicia este capítulo expondo a ideia de profissional e suas derivações, temas muito difundidos e polêmicos no magistério. Juntamente com essas ideias está o tema da proletarização dos professores, o autor aponta que o trabalho docente sofreu uma subtração progressiva de uma série de qualidades que conduziram os professores à perda de controle e perda de autonomia sobre seu próprio trabalho, colocando ainda que a categoria está sofrendo uma transformação, tanto nas condições de trabalho como nas tarefas que realizam, desta forma os docentes estão se aproximando das condições e interesses da classe operária. Contreras afirma que a introdução do espírito de “gestão científica” trouxe mudanças no modo de organização e controle do trabalho docente, bem como a introdução do currículo trouxe ao processo educativo uma característica de processo de produção, deste modo as escolas se transformaram em uma organização mais ampla com critérios de sequência e hierarquia. Com a racionalização e tecnologização do ensino o trabalho dos professores começa a ser controlado e separado em fase de execução e concepção, assim foram sendo tirados seu poder de intervenção e decisão no planejamento e suas funções começam a ser reduzidas apenas as de executores de programas curriculares, além de torná-los dependentes das decisões dos especialistas e da administração. Todo esse processo de racionalização tecnológica do ensino faz com que o professor veja sua função reduzida ao cumprimento de determinações, perdendo de vista o domínio e conjunto de sua tarefa. O excessivo controle e burocratização que tira do professor sua capacidade de autogovernar seu trabalho resulta em um ensino completamente regulamentado e cheio de tarefas aproximando assim, ao processo de proletarização do trabalho docente.