A ascensão da classe c
O grande questionamento é até que ponto esta mobilidade social representa de fato uma melhoria na qualidade de vida da população. Em meio a esta euforia, a capital de Goiás, Goiânia, viu sua imagem de uma das cidades brasileiras com maior qualidade de vida, arranhada com o relatório da Organização Nacional das Nações Unidas (ONU), que a apontou como a cidade mais desigual do País e uma das piores em desigualdade de renda no mundo. O estudo O Estado das Cidades do Mundo 2010/2011: Unindo o Urbano Dividido analisou 138 cidades de 63 países em desenvolvimento. No relatório de 2008, Goiânia apareceu como a cidade com maior concentração de renda na América Latina e no Caribe, entre 19 cidades de grande e médio porte. Além desta capital, hoje com 76 anos, Fortaleza, Belo Horizonte e Brasília estão na lista das cidades mais desiguais do mundo.
Goiânia é uma cidade jovem. Sua Região Metropolitana abrange uma população de cerca de 2 milhões e 150 mil habitantes. Duzentos e nove quilômetros a sudoeste da capital federal, Brasília, também faz divisa com Abadia de Goiás, Aparecida de Goiânia, Aragoiania, Bela Vista de Goiás, Goianápolis, Goianira, Guapó, Hidrolândia, Nerópolis, Santo Antônio de Goiás, Senador Canedo e Trindade. A Lei Complementar nº 78, de 25 de março de 2000, incluiu os municípios de Bonfinópolis, Brazabrantes, Caldazinha, Caturaí, Inhumas, Nova Veneza e Teresópolis de Goiás. Outro dado do Instituto Brasileiro de Geográfica e Estatística (IBGE) fala que esta região metropolitana possui um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) um pouco mais elevado que a média nacional, em torno