josé
2009), o que pode ser encarado como um reflexo do capitalismo atual. Assim sendo, o reavivamento das classes dentro da telenovela e no debate midiático pode ser considerado como um momento histórico digno de atenção.
PArecido com os folhetins a telenovela se enquadra e mostra a particularidade das classes em niveis . O primeiro nível é o dos dispositivos de composição tipográfica (caracterizada por letras grandes, claras e espacejadas); o segundo nível apresenta os dispositivos de fragmentação, que tornam a leitura leve e espaçada por dias ou semanas; no terceiro nível estão os dispositivos de sedução, divididos em duração e suspense; e no quarto nível se situam os dispositivos de reconhecimento, que produzem a identificação do mundo do leitor popular com o mundo narrado.
Eles retratam os costumes parisienses e os dramas cotidianos. Também retomam os temas romanescos, exaltam as virtudes domésticas e, ao mesmo tempo, trazem realismo ao enfatizar os dramas da vida. De modo similar, a pesquisadora Esther Hamburger (1998) argumenta que as telenovelas difundem por todo o país o universo glamouroso de consumo das classes médias urbanas, entre outros aspectos, por meio do consumo de últimos lançamentos eletrônicos, de decoração e vestuário. Ela frisa que neste mundo da ficção, a desigualdade social se resolve em geral pela ascensão social, muitas vezes por meio do casamento. Almeida (2003) atenta ainda para o fato de que as telenovelas funcionam de modo semelhante aos anúncios publicitários, com a vantagem de ter mais tempo e espaço para trabalhar o universo do consumo. Além de demonstrar