A arte na cibercultura

As presentes considerações foram construídas a partir de leitura e reflexão do capítulo IX.
A arte da cibercultura em Pierre Levy (1999,145-155).
A leitura do texto provoca um questionamento muito importante tanto para aqueles que trabalham com os domínios da ciência da informação como para aqueles que labutam nas áreas da arte, comunicação e educação. O ciberespaço, enquanto proposição e utilização de novas plataformas e instrumentais de trabalho do conhecimento com mediações digitais, acaba oferecendo uma outra reflexão sobre o que se considera a própria arte e, a relação entre o que é criado, sua utilização e apreciação.
Antes, pensava-se na arte enquanto algo de expressão e de contemplação, isto é, alguém elabora e expressa através de formas estéticas algo sobre a realidade percebida ou sentida, e outros são os espectadores. Na cibercultura, todos acabam sendo autores, na medida em que vão propondo e projetando em redes, com plataformas diferenciadas on-line ou off-line. Conforme salienta Levy (p.148), existe a intenção do autor mas com isso também, o que é produzido passa ter a extensão, tornando-se domínio de muitas outras comunidades também virtuais. Cada um é chamado a tornar-se um operador singular, qualitativamente diferente, na transformação do hiperdocumento universal e intotalizável. Entre o engenheiro e o visitante de mundos virtuais, todo um conjunto se estende (p.149).
Entretanto, para se lidar com a arte na cibercultura, deve-se primeiro aprender a conhecer todas as manifestações e história da própria arte, pois os termos utilizados como performance e performer entre outros, mesmo que estão ganhando mais extensão, possuem significados iniciais que todos devem saber. Dessa maneira, a arte na cibercultura desperta em nós o interesse em conhecer mais sobre a arte e ao mesmo tempo como podemos ser autores e deixar algo artístico construído no espaço virtual digital e dele tornar-se apreciador e participante com tantas outras pessoas numa