A arte grega e o conceito de estética
Ao falarmos sobre a arte grega, temos uma grande dificuldade comum com todas as civilizações, que tem suas manifestações investigadas. Estando subordinada ao tempo e à cultura, essas artes assumem traços e características que variam bastante ao longo do tempo. Assim como nós, os interesses temáticos e estéticos da população variaram bastante com o passar dos séculos.
Enquanto a arte egípcia é uma arte ligada ao espírito e a arte romana orientada para a expressão de um ideal de beleza, a arte grega liga-se à inteligência, pois os seus reis não eram deuses, mas seres inteligentes e justos que se dedicavam ao bem-estar do povo. Contemplando a natureza, o artista se empolga pela vida e tenta, através da arte, exprimir suas manifestações. Na sua constante busca da perfeição, o artista grego cria uma arte de elaboração intelectual em que predominam o ritmo, o equilíbrio e a harmonia ideal. Eles têm como características: o racionalismo; o amor pela beleza; o interesse pelo homem (essa pequena criatura que é “a medida de todas as coisas”) e a democracia.
Se pudermos destacar um aspecto que relaciona essas artes com o Período Paleolítico, devemos então explorar a questão do lugar que a arte ocupou na vida desse povo. Ao contrário de outros povos, os gregos não restringiram o desenvolvimento de sua arte a um único aspecto de suas vidas (como a religião) e nem atrelou a mesma aos interesses de um único grupo social. Entretanto, isso não quer dizer que eles transformaram sua arte em um âmbito autônomo e livre de influências.
A filosofia clássica grega encontra em Platão e Aristóteles a sua expressão culminante. Simplificando o conceito de estética, os filósofos dizem que ela é a eterna busca pelo belo, mas o que é belo vai depender do gosto individual e coletivo. O gosto pessoal é tão variado, que o individuo costuma encerrar prematuramente um assunto quando encontram diferenças, afinal, “gosto não se discute!”. Apesar da intolerância,