Arte grega e os conceitos de estética
Se pudermos destacar um aspecto que difere a arte grega das outras civilizações, devemos então explorar a questão do lugar que a arte ocupou na vida desse povo. Ao contrário de outros povos, os gregos não restringiram o desenvolvimento de sua arte a um único aspecto de suas vidas (como a religião) e nem atrelou a mesma aos interesses de um único grupo social.
Completamente em busca da ligação entre o ser humano ao conhecimento real das coisas, a Arte Grega traz consigo a visão racionalista. Adotando para si duas correntes, de cunho naturalista do homem e idealista, retratando figuras importantes da sociedade da época.
Com isso, vemos que os gregos estabelecem a exploração de temáticas que singularizam o aparecimento do homem nas artes. Ainda a esse respeito, podemos ver que a escultura e a pintura grega, por exemplo, reforçam ainda mais esse traço humanístico ao promover o desenvolvimento de simetrias que reproduziam o corpo com grande riqueza de detalhes.
Na arquitetura adotam-se os templos, mas não para cultuar aos Deuses, e sim para proteger as esculturas de divindades. Que em época o senso de cidadania dos gregos passa a ter um entendimento individualista. Se antes as casas eram simplórias, passam a serem maiores e mais confortáveis, compostas pela mesma simetria entre o “pórtico de entrada, o pronau, e dos fundos, o opistódomo.”
A filosofia clássica grega encontra em Platão e Aristóteles a sua expressão culminante. Platão apresenta o conceito de que a arte é a representação do mundo das ideias, sua imitação pode ser verdadeira (eikastika), ou falsa (fantastika).
Já para Aristóteles, diferentemente de Platão, acredita que o belo seja diretamente ligado ao homem, afinal, a arte é uma criação particularmente humana e, como tal, não pode estar num mundo apartado daquilo que é sensível ao homem. Para os gregos, o belo artístico situava-se no embate entre as boas cópias e o simulacro (algo que vagamente se assemelha a