A antropologia evolucionista
Marcada pela discussão evolucionista, a antropologia do Século XIX privilegiou o Darwinismo Social, que considerava a sociedade européia da época como o ponto, mas alto de um processo evolucionário, em que as sociedades aborígines eram tidas como exemplares mais primitivos. Usava esse conceito de civilização para mostrar que são primitivos, julgado e posteriormente justificar o domínio destes povos. Essa maneira de se ver superior e ignorando as diferenças em relação aos povos tidos como inferiores, recebe o nome de etnocentrismo. É a Visão Etnocêntrica, o conceito europeu do homem que se atribui o valor de civilizado, dizendo que os outros povos eram inferiores, por estarem situados fora da sua história e cultura.
As primeiras grandes obras da antropologia consideravam, por exemplo, o indígena das sociedades não européias como o primitivo, o antecessor do homem civilizado: qualificando o saber antropológico como disciplina, centrando o debate no modo como as formas mais simples de organização social teriam evoluído, essa linha teórica na qual a sociedades estão caminhando, para formas mais complexas como exemplo a sociedade européia.
Aprendem com a experiência humana, todas as sociedades, mesmos as desconhecidas, progrediriam diferentemente, mas seguindo uma linha evolutiva. Isso nomeou a ideia de que, a demanda colonial seria civilizatória (perfeição de estado social), pois levaria os povos ditos primitivos ao progresso tecnológico-científico que eles possuem.
Mas não se pode generalizar e atribuir as características acima a todos os autores que se aparentaram a essa corrente. Cada autor tem suas próprias nuances. Durkheim, por exemplo, procurou nas manifestações totêmicas dos nativos australianos a forma mais simples e elementar de religiosidade, mas não com o pensamento enquadrado numa linha evolutiva cega: se nossa sociedade era dita mais complexa ele atribuía isso às diversas tendências da modernidade de que somos fruto, e a