A antropologia evolucionista
A antropologia evolucionista é uma das correntes da antropologia. Dominante até o início do século XX, tem como seus expoentes, Lewis Henry Morgan, Edward Burnett Tylor e James George Frazer. Partindo da observação de traços fundamentais em comum, essa linha interpretativa parte da suposição de uma história comum a toda humanidade. De acordo com Morgan (2004), essa linha de pensamento antropológico apreendia três estágios de desenvolvimento para a cultura humana: pode-se afirmar agora, com base em convincente evidência, que a selvageria precedeu a barbárie em todas as tribos da humanidade, assim como se sabe que a barbárie precedeu a civilização. A história da raça humana é uma só – na fonte, na experiência, no progresso. (p. 44) Esses três estágios são capazes de explicar a ocorrência de elementos semelhantes em diferentes épocas e lugares do planeta e a grande variedade de culturas existentes no mundo. Nem todas alcançaram o último estágio de desenvolvimento – o europeu, havendo ainda muitos homens no estágio de selvageria e barbárie. Esses, considerados resquícios do passado. A antropologia, então, precisava responder uma série de questões, como os selvagens passaram à condição de selvagens e esses à civilização? Por que algumas tribos foram deixadas para trás na trajetória do desenvolvimento humano enquanto outras evoluíram mais rapidamente? E quais são as leis gerais que governam o desenvolvimento humano? E, é possível a partir do conhecimento dessas leis regular o agir humano? Sendo estas últimas o verdadeiro objetivo antropológico na visão de Frazer (2004). Os pressupostos teórico-metodológicos da antropologia evolucionista
Para chegar a tais respostas, a antropologia evolucionista utiliza o método comparativo (ou novo método) como metodologia, partindo do pressuposto teórico de uma única mentalidade capaz de gerar único caminho de desenvolvimento possível para a sociedade humana,