A Alegoria da Caverna
A Alegoria da Caverna também conhecida como Mito da Caverna, foi escrito pelo filósofo grego Platão e encontra-se no Livro VII de A República.
Esta obra é, talvez, uma das mais poderosas metáforas imaginadas pela filosofia, em qualquer tempo, para descrever a situação geral em que se encontra a humanidade. Para o filósofo, todos nós estamos condenados a ver sombras à nossa frente e a tomá-las como verdadeiras.
Essa poderosa crítica à condição dos homens, escrita há quase 2500 anos atrás, inspirou e ainda inspira inúmeras reflexões ao longo do tempo. A mais recente delas é o livro de José Saramago A Caverna.
Platão (428-347)
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O QUE É A ALEGORIA DA CAVERNA?
A Alegoria da Caverna é uma exemplificação de como nos podemos libertar da condição de escuridão que nos aprisiona através da luz da verdade, onde Platão discute sobre teoria do conhecimento, linguagem e educação na formação do Estado ideal. A Alegoria da Caverna é uma metáfora da condição humana perante o mundo, no que diz respeito à importância do conhecimento filosófico e à educação como forma de superação da ignorância, isto é, a passagem gradativa do senso comum enquanto visão de mundo e explicação da realidade para o conhecimento filosófico, que é racional, sistemático e organizado, que busca as respostas não no acaso, mas na causalidade. Segundo a metáfora de Platão, o processo para a obtenção da consciência, isto é, do conhecimento, abrange dois domínios: o domínio das coisas sensíveis e o domínio das ideias. Para o filósofo, a realidade está no mundo das ideias - um mundo real e verdadeiro - e a maioria da humanidade vive na condição da ignorância, no mundo das coisas sensíveis.
Ilustração da Alegoria da Caverna
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INTERPRETAÇÃO DA ALEGORIA DA CAVERNA
Na Alegoria da Caverna, Platão exprime a diferença entre a atitude crítica e acrítica, sublinhando que cada um de nós é livre de escolher ficar preso ou libertar-se. Para fazer esta diferenciação