A alegoria da caverna
- GLAUCO: Entendo.
- SÓCRATES: Então, ao longo desse pequeno muro, imagina homens que carregam todo tipo de objetos fabricados, ultrapassando a altura do muro, estátuas de homens, figuras de animais, de pedra, madeira ou qualquer outro material.
- Provavelmente, entre os carregadores que desfilam ao longo do muro, alguns falam, outros se calam.
- GLAUCO: Estranha descrição e estranhos prisioneiros!
- SÓCRATES:: Eles são semelhantes a nós. Primeiro, pensas que, na situação deles, eles tenham visto algo mais do que as sombras de si mesmos e dos vizinhos, que o fogo projeta na parede da caverna à sua frente?
- GLAUCO: Como isso seria possível, se durante toda a vida eles estão condenados a ficar com a cabeça imóvel?
- SÓCRATES: Não acontece o mesmo com os objetos que desfilam?
- GLAUCO: É claro.
- SÓCRATES: Então, se eles pudessem conversar, não achas que, nomeando as sombras que vêem, pensariam nomear seres reais?
- GLAUCO: Evidentemente.
- SÓCRATES: E se, além disso, houvesse um eco vindo da parede diante