A acp como ética das relações humanas
CURSO DE PSICOLOGIA – SEMESTRE 9
DISCIPLINA DE INTRODUÇÃO À ACP
PROF.: CARLOS ROGER
ALUNO: JÚLIO CÉSAR DO NASCIMENTO
A ACP COMO ÉTICA DAS RELAÇÕES HUMANAS
Carl Rogers, nas teorizações e práticas a respeito da Abordagem Centrada na Pessoa, rompe com todos os padrões psicológicos vigentes até então, trazendo uma teoria inteiramente inovadora e reflexiva, que nos ajuda a pensar a relação com o outro naquilo que ela tem de mais primordial: a ética e o respeito pela pessoa que se apresenta para nós. Dessa forma, a clínica psicológica ganha novos contornos que aumentam as possibilidades para a realização plena do ser humano em suas potencialidades. E esses preceitos podem ser estender para além do espaço psicoterápico. Primordialmente, a relação terapêutica (e não apenas), para Rogers, deve ser pautada numa relação “acolhedora, compreensiva e honesta” (AMATUZZI, 2010: 13).
A contribuição de Roges no sentido de uma ética das relações humanas se dá na medida em que o autor não trouxe apenas uma nova técnica de tratamento psicoterápico: ele transformou o modo de se pensar os problemas e a relação de ajuda. A partir do momento em que se pensa o homem não apenas como determinado pelos mais diversos fatores, e consideramos o ser humano de uma maneira autônoma, ou seja, que possui certo controle sobre aquilo que o determina, abrimos caminho para o desenvolvimento contínuo do ser e de suas potencialidades. Essa autonomia também pode ser entendida como a capacidade que temos de orientar a nossa própria vida, sempre com uma visão positiva e eficaz.
Dessa forma, as relações humanas se caracterizam sempre como um encontro de valores originais e pessoais, em um clima de diálogo produtivo e uma condição psicológica ao mesmo tempo aceitadora (desejo de valorizar o outro como pessoa), compreensiva (capacidade de adotar o ponto de vista do outro e abrir-se para seus significados) e autêntica (presença de pessoas em sua