A abordagem Construtivista de Jean Piaget
Piaget propõe uma nova epistemologia para dar conta de um problema que se apresenta a ele desde o início como fundamental: como surgem e como crescem os conhecimentos. Propõe então uma Epistemologia Genética, que “não se ocupa das condições normativas da verdade senão que trata de estabelecer, exclusivamente, para o mesmo campo de conhecimentos, que atividades o sujeito as (SIC) foi construindo e como chegou a considerá-las no nível final [...] como superiores ao que eram nos níveis anteriores” (PIAGET, idem, ibidem).
Todo conhecimento é construído na relação do sujeito com os objetos, não sendo preexistente nem nas estruturas do sujeito nem nas características do objeto. A Epistemologia Genética se coloca exatamente como uma perspectiva capaz de entender esses mecanismos de mediação e suas implicações no processo, as raízes de um conhecimento e seu desenvolvimento nos níveis ulteriores.
Para ele, as estruturas específicas para o ato de conhecer são construídas como resultado de um processo de equilibração em que, numa adaptação progressiva, através de suas ações, o organismo troca com o meio. Esse processo de adaptação e readaptação é explicado por ele através de um duplo mecanismo: Assimilação e Acomodação .
Partindo dessa compreensão, Piaget (1990) categoriza o desenvolvimento em quatro estágios fundamentais:Estágio Sensório-motor: Compreende o período pré-lingüístico, quando as ações da criança se baseiam no seu desenvolvimento perceptivo e motor, isto é, a criança percebe o ambiente e age sobre ele, tendo como referência o seu próprio corpo. Nessa fase, as ações do sujeito referem-se à própria realidade, mais especificamente relacionada aos objetos concretos, que ele pode manipular.
Estágio Pré-operacional: Surge com o desenvolvimento da capacidade simbólica, quer dizer, da capacidade de representar um objeto por meio de um símbolo, imagem ou sinal verbal, possibilitando o aparecimento da linguagem, o que vai