Zoonoses 1
(Bicho Geográfico, Larva Migrans Cutânea ou dermatite serpiginosa)
A doença de pele chamada "bicho geográfico", que ocorre no ser humano, é causada por um parasita (Ancylostoma braziliense, Ancylostoma caninum, A. stenocephaloa ou Gnathostoma spinigirum) que habita o intestino dos cães e gatos que não são vermifugados periodicamente.
Os animais defecam nas areias, na terra ou nas praças, e os ovos dos vermes se espalham nesses locais.
Esses ovos, em presença de calor e umidade, se transformam em larvas que ficam à espera de um hospedeiro, ou seja, um local apropriado onde possam viver.
Quando as pessoas sentam ou pisam em um local infestado, as larvas perfuram o extrato epitelial (pele), mas não conseguem atravessar as camadas mais profundas. Porém, elas se mantém vivas por longo tempo, e passam a caminhar ao acaso, abrindo túneis microscópicos na pele. Essa penetração é comum de ocorrer nos pés e pernas das pessoas.
O tempo do processo pode variar de poucos dias a meses. O sintoma que mais incomoda é a coceira, que à noite chega a ser mais intensa, provocando até insônia.
O diagnóstico da doença no ser humano é fácil, devido ao aspecto dermatológico que a lesão causa. Os túneis causados pelas larvas são visíveis e esses "rastros" dão à pele a aparência do traçado de um "mapa", daí o nome "bicho geográfico". Clique aqui para ver imagens das lesões na pele humana.
Em geral, os antecedentes mais sugestivos são o contato com terrenos arenosos, praias e tanques de areia frequentados por cães e gatos. Por esse motivo, evite andar descalço ou sentar-se sem proteção sobre esses locais.
O tratamento consiste no uso de pomadas locais, porém, nas lesões mais extensas, ele é complementado com medicamentos por via oral.
É responsabilidade dos proprietários de cães coletarem as fezes de seus animais, onde quer que seja. É muito importante também vermifugar os animais periodicamente, no mínimo, uma vez por ano. Fezes de animais infestados de vermes