Zoneamento urbano
HIDROGRÁFICAS: ESTUDO DE VIABILIDADE EM CIDADE MÉDIA NO
ESTADO DE SÃO PAULO – BR
P. F. de Carvalho e R. Braga
RESUMO
O trabalho apresenta o zoneamento urbano incorporando a questão ambiental, ou seja, os determinantes fisiográficos do sítio. Busca superar os limites da abordagem tradicional de compartimentação das cidades em unidades funcionais definidas basicamente por determinantes sócio-econômicos. Tomou-se como ponto de partida, como síntese da paisagem, a rede hidrográfica urbana. Levou-se ainda em consideração o sistema viário principal e, em menor grau, o uso do solo. O zoneamento resultante é satisfatório; algumas micro-bacias hidrográficas foram subdividas, levando-se em conta o conceito de unidade de vizinhança, resgatado pelo Estatuto da Cidade. Pelo mesmo motivo, o novo modelo de zoneamento definiu três níveis hierarquizados, incluindo duas espacializações intermediárias entre o loteamento/bairro e a cidade, a saber: macrozonas, mesozonas e microzonas. Conclui-se que tal abordagem será instrumento útil para a inclusão da questão ambiental como paradigma do planejamento urbano, conforme a Agenda 21 Brasileira.
1 INTRODUÇÃO
O zoneamento urbano se manifesta organicamente na história das cidades em todo o mundo. No Brasil, foi introduzido e, principalmente, fomentado por movimentos como o planejamento anglo-saxônico, a Carta de Atenas (Congresso Internacional de Arquitetura
Moderna – CIAM IV) e pela experiência do francês Louis Joseph Lebret com os escritórios das Sociedades de Análises Gráficas e Mecanográficas Aplicadas aos Complexos Sociais -
SAGMACS em Recife, São Paulo e Belo Horizonte. As experiências de urbanismo, incluindo Brasília, e do planejamento urbano foram sintetizadas, ainda de uma forma tecnocrática, na época do Serviço Federal de Habitação e Urbanismo –