Weber e a racionalidade
É preciso ter claro que Weber recusa toda forma de determinismo das relações sociais ou de postulados gerais que traçavam leis e normas que submetiam ao conjunto das sociedades. Para Weber as sociedades se constituem como singularidades, sínteses de “uma multiplicidade de fatores econômicos, políticos, culturais, morais...”. Portanto, para Weber a sociedade é um complexo indeterminado, ou melhor, não se enquadra a modelos teóricos fechados e determinados.
Para tanto, Weber desenvolve o método compreensivo para analisar e interpretar a sociedade. Diferentemente de Marx e Durkheim, Weber não considera como sendo da alçada da ciência traçar o que se deve fazer diante as situações, mas antes de compreendê-la e compreender também as possibilidades.
Dessa forma, ao analisar a sociedade ocidental moderna em que se encontra diante de profundas mudanças, Weber procura compreender a natureza dessas transformações. A partir da comparações entre as diferentes sociedades ocidentais e orientais, Weber chega à questão da racionalidade, como sendo um produto singular da sociedade ocidental e que possibilitou o desenvolvimento do capitalismo da forma como se deu.
Ao realizar a comparação entre as diferentes sociedades ocidentais e orientais, Weber aponta que a especificidade da ocidental e que terá possibilitado o seu desenvolvimento econômico, social, científico, no direito, nas artes etc, é a “a sua racionalização crescente”.
Assim a racionalidade seria o princípio gerador e motor do desenvolvimento da sociedade moderna, atingindo todas as suas dimensões, tanto econômica, social, política e jurídica quanto geografias (organização do espaço), artes e humanidades. Seria portanto, a racionalidade crescente, a base modeladora da sociedade moderna.
Weber em seu método busca compreender os significados das ações