WEBER E A BANCADA EVANGELICA NO BRASIL
Max Weber, um dos pais da sociologia, escreve a obra “A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo”, que se tornou referência quando se faz qualquer debate sobre religião no mundo ocidental. Com base em alguns capítulos deste texto vamos desenvolver este trabalho fazendo um paralelo a materiais (textos e matérias de jornais) que fazem menção a “Bancada Evangélica” no nosso Congresso Nacional. Não há duvidas que vamos fazer apenas uma pequena reflexão, sendo que o tema é extenso e de grande importância, mas poderá ser um inicio para outros debates.
A obra de Weber citada acima tem como objeto de estudo do papel do protestantismo e buscou a compreensão de como se desenvolveu o capitalismo nos países com formação deste seguimento religioso. Este estudo se consagrou um dos mais importantes estudos do autor e da história do ocidente. Através de dados estatísticos ele busca ligações entre os grandes homens de negócios, empresários e trabalhadores de mão de obra qualificados, com os que aderiram as reformas protestantes do Século XVI e XVII. Com estes dados ele realiza cruzamentos entre as pregações e as doutrinas protestantes e o suas conseqüências no desenvolvimento do capitalismo e também na conduta individual dos seguidores.
Weber na Introdução apresenta como se dava a organização política no mundo ocidental, no Estado feudal em sua transição para a monarquia absoluta:
“A organização estamental das associações políticas e sociais era largamente disseminada. Mas, mesmo o Estado estamental “rex et regnum” só foi conhecida, na sentido ocidental, pelo ocidente. Parlamentos de “representantes do povo” eleitos periodicamente, e a liderança de demagogos e chefes partidários constituídos em “ministros” responsáveis perante o Parlamento, só foram totalmente estabelecidos pelo Ocidente, se bem que, naturalmente, sempre tivessem havido “partidos”, no sentido de orientações para a tomada do poder político. O próprio “Estado”,