Weber, Racionalizacao
O texto abaixo foi preparado visando às aulas sobre a Sociologia de Max Weber para a disciplina Sociologia das Organizações. Como a obra de Weber é multifacetada e muito vasta, decidi abordar Weber enfatizando o aspecto da crescente racionalização das esferas de valor. Não há interesse aqui em expor todos os aspectos da teoria sociológica weberiana.
Segundo Weber, há dois resultados dos processos de racionalização: perda de liberdade (“jaulas de ferro”) e perda de sentido.
RACIONALIZAÇÃO = Modernização (surgimento das sociedades seculares). Para Weber, o processo de racionalização origina-se historicamente na religião (começa no confucionismo, mas atinge seu auge apenas no cristianismo protestante). Na Economia Política, a modernização significa a institucionalização de ação racional com respeito a fins pré-determinados – no caso, o lucro máximo. Assim, quanto maior a eficiência na ação (meios → fins), maior a racionalidade. No Estado, o fim é a organização burocrática da sociedade. Finalmente, também fazem parte desse processo de racionalização as chamadas “esferas de valor”: arte, ciência, jurisprudência, ética e erotismo. Quanto maior a racionalização, maior a autonomia de cada esfera frente à religião e maior a distinção entre cada uma das esferas.
Como foi possível a racionalização ocidental? A racionalização ocidental é um ponto de fuga de todas as sociedades, ou seja, todas as sociedades tendem para a racionalização ocidental? Ou temos apenas o relativismo? Afinal, se existe universalização, existe teleologia (evolucionismo), mas se há relativismo, como podemos comparar as sociedades? (Cf. Observação Prévia da Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo).
Elementos de Racionalização do Mundo (Racionalismo Ocidental Moderno)
Para Max Weber, os elementos de racionalização levam à crescente perda de sentido da existência e perda de liberdade. São esses os elementos de racionalização:
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