Racionalização Weber
O presente trabalho tem como objetivo discutir o conceito de racionalização no pensamento sociológico de Max Weber. Para contextualizar o assunto, é importante uma breve reflexão do termo “racionalização” não só do ponto de vista de Weber, mas também de outros teóricos.
Primeiramente, racionalização nos lembra razão e razão é justamente a capacidade de entendimento das coisas para Weber, entretanto, racionalidade vai além da compreensão das coisas, é mais do que uma maneira de você ver as coisas, é uma visão de mundo. A racionalização tem sido a força decisiva no mundo moderno. O seu progresso no âmbito da conduta, da empresa, da organização, da tecnologia, da lei e da ciência tem resultado no profundo desencantamento do cosmos que caracteriza a nossa época (Benjamin, 1977).
Na sociologia, racionalização se refere a um processo no qual um número crescente de ações sociais se baseia em considerações de eficiência teleológica ou de cálculo, em vez de motivações derivadas da moral, da emoção, do costume ou da tradição. Muitos sociólogos consideram a racionalização como um aspecto central da modernidade, que se manifesta especialmente na sociedade ocidental, em aspectos como o comportamento no mercado capitalista, a administração racional do Estado e a expansão da ciência e tecnologia modernas.
Muitos sociólogos, teóricos críticos e filósofos contemporâneos têm argumentado que a racionalização, falsamente assumida como progresso, tem um impacto negativo de desumanização da sociedade, distanciando a modernidade dos princípios centrais do Iluminismo. Os fundadores da sociologia atuavam como uma reação crítica à racionalização: Marx e Engels associavam o surgimento da sociedade moderna, sobretudo, com o desenvolvimento do capitalismo; para Durkheim, estava conectado em particular com a industrialização e com a nova divisão social do trabalho que ela trouxe; para Weber, tinha a ver com o surgimento de uma distinta maneira de pensar, o cálculo racional