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Os três tipos puros de dominação legítima – WEBER, Max -Cap 4- pagi. 129 / 141
Segundo Weber, a dominação é a probabilidade de encontrar obediência em um determinado mandato, e isso pode ocorrer por diversos fatores. Pode ser vinda de algum modo por interesses, vantagens e inconvenientes por parte daquele que obedece, ocorre também por costume ou hábito ou por puro afeto ou inclinação pessoal do súdito. Weber argumenta que as “bases de legitimidade” da dominação são somente três, cada uma entrelaçada com uma estrutura sociológica fundamentalmente diversa do quadro e dos meios administrativos.
Para Weber a ‘’ dominação legal’’ é uma estrutura burocrática onde qualquer direito pode ser criado e modificado mediante um estatuto. A “associação dominante” pode ser eleita ou nomeada. Correspondem a esse modo de dominação “legal” estruturas modernas do Estado e do município mas também as relações de domínio numa empresa capitalista privada, onde o quadro administrativo é numeroso e hierarquicamente articulado. A vigência do “contrato” como base da empresa capitalista é um tipo eminente da relação de dominação “legal”.
O autor acredita que tecnicamente a burocracia é o tipo mais puro da dominação legal, e que as formas de dominação burocráticas estão em ascensão em todas as partes. Cita também como dominação legal todos os corpos colegiados, desde que a sua competência esteja fundada sobre regras estatuídas. E por fim ressalta que a burocracia eletiva desempenha papel importante na história anterior à da administração burocrática moderna.
Weber afirma que a dominação tradicional tem como suporte a obediência através do sentimento de fidelidade, por hábito ou quando o comportamento é algo costumeiro. Ele acredita que o tipo mais puro é a dominação patriarcal. Nesse caso o quadro administrativo consta com dependentes pessoais do senhor, como familiares ou funcionários domésticos, de parentes, amigos ou pessoas que lhe estejam ligadas por um vínculo de fidelidade. Nessa