Walden Two
O governo na comunidade de Walden Two difere-se em diversos aspectos do funcionamento de um governo comum. Ele é um organismo, um por todos e todos por um.
Diferentemente dos governos usuais, não há envolvido o controle cerimonial, ou seja, aqueles que governam estão trabalhando em detrimento de consequências a longo prazo e o trabalho de todos se encontram nas mesmas metacontingências – um governo mais comunitário sem um controle central. Além disso, ao invés de possuir diversas funções, o governo da comunidade divide a maioria delas em outros trabalhadores, deixando o governo somente encarregado de estabelecer politicas e leis, sendo esta pouco realizada, pois há pouca necessidade de regular as relações entre indivíduos e grupos dentro da comunidade.
O papel do governo geralmente tem sido concentrar o poder em um pequeno grupo de pessoas. Para que não haja desequilíbrio, é escolhido um “bom” líder – aquele que tiver um repertorio comportamental bom, ser cerimonialmente acessível, ter o conhecimento certo e conseguir destruir sua competição – e distribuir certa parte do controle entre as pessoas do pequeno grupo. Essa tendência em distribuir o poder cerimonial entre cada vez mais pessoas foi aumentando ao longo dos anos e junto a ela surgiu o problema de discriminar as funções não somente para bons legisladores, mas também para maus, implicando na busca de maneiras para assegurar que isto não aconteça. Mas também há coisas boas ao discriminar o poder, como equilibrá-lo e tornar a cultura mais estável.
DO EGITO ATE A TERRA PROMETIDA
É preciso lembrar que entre a Terra Prometida – como alguns encaram Walden Two – e o Egito – local onde estamos – existe um caminho agreste entre os dois. Para cruzar esse caminho, começar algo novo ou criar uma nova sociedade é preciso iniciar lidando com a menor área possível, ou seja, nosso ambiente doméstico, de trabalho e, deste modo, mudar nossos comportamentos que levam