Resumo artigo da glenn metacontingência em walden two

Contingências e Metacontingências Neste texto a autora Sigrid Glenn faz uma análise do livro de Skinner, Walden Two, comparando-o com a nossa cultura se utilizando das contingências e metacontingências. Ela faz a distinção de duas contingências presentes, as contingências de reforçamento e as relações contingentes de metacontingência. Ambas são relações de contingência entre uma classe e uma consequência cultural comum, a primeira, no entanto, classe de respostas e a segunda é uma classe operante. Assim, para ela a diferença entre nosso mundo e Walden Two está nas metacontingências, que são relações contingentes entre uma classe de operantes e um resultado cultural de longo prazo. Elas devem ser mediadas por contingencias de reforçamento, como é o caso do comportamento verbal.

Processos culturais tecnológicos e cerimoniais A autora relata que para Skinner os dois processos culturais descritos por Veblen – o cerimonial e o tecnológico – não são imutáveis, contrariando a ideia deste, pois que eles emergem do comportamento humano. Sendo assim, a diferença entre Walden Two e nossa cultura é a de que no primeiro há a dispensa dos processos culturais cerimoniais e suas metacontingências seguem os processos tecnológicos. As contingências cerimoniais envolvem o comportamento mantido por reforçadores sociais e seu poder advém do status, da posição social ou política ou autoridade de quem é o reforçador. Já as tecnológicas envolvem o comportamento mantido por mudanças no ambiente que não são arbitrárias, e o poder dos reforçadores advém da utilidade, do valor ou importância para as pessoas. O controle cerimonial é exemplificado pela ordem do patrão ao empregado e o tecnológico pode ser exemplificado pela frase: “faça o dever de casa, pois isso lhe dará mais conhecimento e assim conseguirá ir bem nos testes”. As metacontingências deste último requerem a constante verificação das consequências e da qualidade da regra.

Metacontingências conflitantes As