estudante
O artigo a seguir visa fazer uma análise descompromissada do sistema educacional de Walden Two.
Walden Two é um misto de realidade e sonho, de surpresa e previsão, de arte e ciência.
A novela norte-americana escrita em 1948 por Burrhus Ferederic Skinner e lançado pela editora Macmillan de Nova York pode ser considerada uma utopia (uma “não-lugar”). Utopia é a descrição ou representação de qualquer lugar ou situações ideais onde vigorem normas e/ou instituições políticas altamente aperfeiçoadas. O nome “Utopia” é o nome de uma país imaginário, criação de Thomas Morus(1480-1535), escritor inglês, onde um governo, organizado da melhor maneira, proporciona ótimas condições de vida a um povo equilibrado e feliz. Para alguns, utopia é sinônimo de projeto irrealizável, quimera, fantasia, mas para B.F.Skinner sua novela era mais do que isso. Era um bom começo, um modelo para criar um ambiente social onde levaremos vidas produtivas e criativas, sem com isso comprometer as possibilidades daqueles que nos seguirão e para que os mesmos possam fazê-lo de modo semelhante.
“A narrativa em Walden II desenvolve-se em torno de diálogos que envolvem, sobretudo, três personagens principais. Burris, o narrador do livro, é um professor de psicologia, que instigado por um ex-aluno decide visitar a comunidade. Um de seus acompanhantes na visita é Castle, professor de filosofia cujo papel na trama consiste em questionar, do ponto de vista acadêmico, a validade de Walden II enquanto projeto ético e político. Suas críticas dirigem-se a Frazier, principal criador de Walden II e cicerone da visita á comunidade. Pode-se com alguma segurança, apontar Frazier como uma espécie de alter ego de Skinner. Suas posições são, com poucas modificações, aquelas que Skinner defenderia ao longo de sua carreira”. (DITTRICH, 2004)
Estamos acostumados a relacionar a palavra “sistema” a um plano, a um método ou a um conjunto de