vulnerabilidade externa
Ajuste das contas externas e demanda precaucional por reservas no Brasil
Ajuste das contas externas e demanda precaucional por reservas no Brasil*
André Moreira Cunha**
Professor do PPGE-UFRGS e Pesquisador do CNPq
Daniela Magalhães Prates***
Professora do Instituto de Economia da Unicamp e
Diretora Adjunta do Cecon-Unicamp
Marcos Tadeu Caputi Lélis****
Mestre em Economia pelo IE-UFRJ, Doutorando do PPGE-UFRGS e Professor da Unisinos
Resumo
Nos últimos anos, a economia brasileira vem experimentando um processo intenso de ajuste das contas externas. Depois de uma década de déficits, o País tem tido superávits em conta corrente. A dívida externa vem diminuindo, e os indicadores de vulnerabilidade externa melhoraram. Em paralelo, o Banco Central do Brasil (Bacen) tem adotado uma estratégia mais intervencionista nos mercados cambiais, a despeito de adotar “de jure” um regime de câmbio flutuante. Isso parece refletir um típico comportamento defensivo associado à demanda precaucional por reservas.
A literatura teórica e empírica argumenta que a demanda precaucional por reservas é um comportamento racional em um mundo de mercados financeiros voláteis. Foram encontradas algumas evidências de que o
Bacen tem adotado esse tipo de estratégia.
Palavras-chave: política
cambial; gestão de reservas; Banco
Central.
Abstract
Over the last few years the Brazilian economy has experienced a remarkable external accounts adjustment. After a decade of huge current account deficits the country has had surpluses. External debt has diminished and liquidity and solvency external indicators have improved.
* Artigo recebido em 21 set. 2006.
Os autores agradeçem o apoio financeiro do CNPq na pesquisa
Crises Financeiras e Gestão Macroeconômica: As Experiências da Coréia do Sul e Brasil. Este trabalho explora alguns dos seus resultados.
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